TPM
A Manutenção Autônoma objetiva a capacitação dos operadores e o desenvolvimento de uma cultura prevencionista, através do conhecimento do equipamento e conseqüente geração do sentimento de posse (da minha máquina cuido eu), evitando assim a deterioração forçada, possibilitando uma ótima taxa de utilização dos Ativos e também a produção em ciclos cada vez menores, assegurando fortemente a prevenção dos problemas em equipamentos que tenham forte interação homem-máquina, buscando:
· Elevar a capacidade da operação para compreender as diferenças entre normalidade e anormalidade, pelo conceito de defeitos física e psicologicamente escondidos, habilitando a operação a tomar providências rápidas e corretas contra as anomalias.
· Tornar a operação autônoma para realizar as atividades de limpeza, inspeção (através dos 5 sentidos), reaperto, lubrificação, pequenas tarefas de manutenção e melhorias dos pontos deficientes dos equipamentos e instalações (projetos inadequados), restabelecendo as condições ideais e prevenindo a deterioração.
· Utiliza o equipamento como meio para aprender novos modos de pensar e trabalhar.
São as atividades de limpeza, lubrificação e execução de pequenos reparos por parte dos operadores e outras funções que não sejam de responsabilidade direta dos mantenedores.
Como:
1.1 Identificar as atividades de manutenção que podem ser realizadas pelos operadores;
1.2 Capacitar os operadores nas atividades identificadas;
1.3 Disponibilizar as ferramentas e outros recursos necessários para a correta realização das atividades;
1.4 Realizar um inventário/diagnóstico das condições dos equipamentos e instalações da área com foco em:
· Identificação das fontes de sujeira na área e no equipamento;
·
Execução de reapertos e correção de falhas
ínfimas nos equipamentos;
·
Execução de lubrificação;
·
Remoção de objetos desnecessários e
organização da área;
·
Organização das ferramentas de trabalho;
·
Identificação dos locais de difícil acesso para realização de
inspeção, limpeza e reparos.
1.5 Realizar um
planejamento para trazer os equipamentos e instalações às condições
originais/desejadas.1.6 Limpeza: definir responsáveis, freqüência de limpeza, modo e ferramentas de realização;
1.7 Inspeções: definir responsáveis, rotas, freqüência, modo e ferramentas para a realização das atividades;
1.8 Pequenos Reparos: definir responsáveis, modo e ferramentas para execução das atividades;
1.9 Lubrificação: definir responsáveis, rota, modo, ferramentas e lubrificante a serem utilizados;
Ferramentas Metodológicas / Controles Visuais
As ferramentas abaixo,
são largamente conhecidas como boas
práticas para suporte na formação de equipes de manutenção autônomas de auto
desempenho.
Padrões
Provisórios Controles Visuais
Lição Ponto a Ponto
Layout das instalações
São “mapas” das instalações utilizados para identificar vazamentos, pontos críticos para limpeza, inspeção e manutenção. Funciona como um supervisório, onde visualmente se observa a condição de toda a área.
Melhorias Específicas
Oficina Escola
Centro dedicado a formação de mantenedores. Na maioria das vezes é montada pelos próprios colaboradores das áreas de Produção e Manutenção com materiais e equipamentos dessas áreas.
Conceitos de Perdas
Detalhamento das Grandes Perdas
As grandes perdas são classificadas
em três dimensões: perdas por ineficiência de Produção (OEE), perdas por
ineficiência na Logística e Materiais e perdas administrativas por ineficiência no uso da Mão de obra.
Perdas por ineficiência de
Produção (OEE = Disponibilidade x Produtividade x Qualidade): são
obstáculos à utilização eficiente dos equipamentos. Abaixo destacamos os
principais tipos de falhas que a compõe:
Perdas que interferem no fator Disponibilidade:· Quebra: Quando o equipamento para totalmente de produzir.
Orientação para medição: Parada de máquina ou equipamento maior do que 10 minutos.
· Troca e ajustagem: Este tipo de perda costuma ser causado pelo tempo de desligamento ou interrupção dos equipamentos para execução de ajustes e parametrizações para a produção, incluindo interrupção por troca de turno. O tempo assim gasto corresponde a um período de inatividade.
Orientação para medição: Tempo utilizado para ajustes para se iniciar uma produção ou trocar de tipo de produto. Começa no início dos ajustes e finaliza com o início da produção.
· Start-up: Corresponde ao período gasto para estabilização das condições de acionamento, funcionamento e rendimento relacionado ao desempenho dos equipamentos.
Orientação para medição: Tempo gasto desde o inicio de operação até o atendimento da capacidade nominal de produção.
Perdas que interferem no fator Produtividade
·
Pequenas paradas: esta perda é diferente da
quebra, pois corresponde a parada ou inatividade do equipamento durante pouco
tempo, menor do que 10 minutos, devido a
problemas temporários. É comum este tipo de perda ser considerado um problema de importância
secundária. Orientação para medição: Número de paradas de máquina ou equipamento menor do que 10 minutos.
· Redução de velocidade: Estas perdas correspondem à diferença entre a velocidade de projeto do equipamento (teórica) e a velocidade real de funcionamento. Por exemplo: numa linha, quando operada dentro da velocidade respectivamente projetada, são constatadas deficiências de qualidade, ocorrências de problemas mecânicos ou devido à falta de demanda. Nesse caso, é preciso operar essa linha sob velocidade menor que a projetada para ela, impondo até paradas.
Orientação para medição: Perda de produtividade do equipamento quando trabalhando abaixo da capacidade nominal.
· Trabalho desnecessário: este tipo de perda é definido por inatividade de produção dos equipamentos por pequenos períodos, mas que continuam consumindo recursos e, principalmente, atualizando os horímetros destes equipamentos, impactando assim nos custos de manutenção e lubrificação. Consomem ainda recursos tais como energia elétrica, combustíveis, água, mão de obra, etc...
Orientação para medição: Tempo total do equipamento ligado sem produzir ou sem realizar sua função.
Perdas que interferem no fator Qualidade:
· Retrabalho: Este tipo de perda ocorre quando são constatados defeitos necessitando correção. Apesar de os produtos efetivamente defeituosos serem descartados, alguns recebem uma correção e são reaproveitados. Desta forma, certa quantidade adicional de mão de obra é necessária cujo valor é considerado como perda.
Orientação para medição: Todo o trabalho realizado para correção do produto. Seja para o cliente interno ou externo. Deve ser contabilizada em Hora/Homem utilizada para correção.
Perdas por ineficiência de
logística e materiais: são obstáculos ao uso eficiente de materiais,
ferramentas, energia e veículos do
processo. Abaixo destacamos os principais tipos de falhas que a compõe:
·
Materiais
e ferramentas: As perdas por
ferramentas, gabaritos e corpos
de prova são constituídas pelas despesas adicionais efetuadas para substituição
ou recondicionamento destes, decorrentes tanto de consumo, quebras e desgaste
pelo uso. Este tipo de perda inclui os respectivos materiais de apoio, tais
como óleos lubrificantes e produtos para limpeza.Orientação para medição: Diferença entre o valor previsto com despesas na compra e reparo de ferramentas e o valor gasto.
· Rendimento: Esta perda corresponde à diferença entre o peso das matérias primas utilizadas na fabricação e o peso dos respectivos produtos acabados com qualidade aprovada. Nesta categoria estão incluídas as perdas correspondentes a insumos, materiais defeituosos e perdas por peso, normalmente causadas parametrização de equipamentos de pesagem.
Orientação para medição: Diferença no volume previsto de matérias primas e insumos para a realização do produto, ou seja, é a relação das matérias primas e insumos previstos pela produção realizada com qualidade.
· Energia: esta perda é constituída pela energia aplicada (eletricidade, gás, combustíveis, etc..) que não é utilizada com eficiência no processo industrial ou não gerando produto. Esta categoria inclui as perdas decorrentes por rearmes, as perdas para controle de temperatura durante o processamento, uso inadequado do horário de ponta e as perdas por tempo ocioso em geral.
Orientação para medição: Energia e combustíveis consumidos acima do planejado: Diferença entre kW/t previsto e kW/t realizado. Igualmente para os consumos de coque, gasolina, diesel e gás previstos e realizados.
Perdas administrativas por
ineficiência de mão de obra: são obstáculos ao uso eficiente dos métodos de
trabalho, layout e do nível de capacitação da força de trabalho. Essas perdas
estão sempre voltadas ao foco administrativo. Abaixo destacamos os principais
tipos de falhas que a compõe:
·
Falhas administrativas: As perdas por
deficiências administrativas são constituídas pelas perdas decorrentes de tempo
de espera, como por exemplo, por carros para transporte, requisição de
materiais, ferramentas, instruções de trabalho e segurança, acesso a padrões e
manuais. Perda de tempo devido ao baixo nível de capacitação para operar e
colocar em funcionamento os equipamentos. Desvio da função para fazer
pequenos serviços tais como limpeza decorrente de algum acidente ou vazamentos e
saída da fábrica para aquisição de peçasOrientação para medição: Custo Hora/Homem utilizada.
As ferramentas de combate as perdas
Existem
muitas formas de combater os tipos de
perdas mencionados acima, entre todas se destacam:
·
Programa de
sugestões espontâneas;
·
Projetos de
melhorias realizados por grupos de manutenção autônoma;· Projetos seis sigma.
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